OSTEOPATIA
Desenvolvida nos Estados Unidos nos finais do século XIX, pelo médico e cirurgião Andrew Taylor Still (1828-1917), consiste no conhecimento exato e exaustivo da estrutura e função do mecanismo humano, anatômico, fisiológico e psicológico, incluindo a química e a física de seus elementos conhecidos, que tornou detetáveis certas leis orgânicas e recursos curativos, dentro do próprio corpo, pelo qual a natureza sob o tratamento científico peculiar à prática osteopática (estrutura-função), assenta no princípio de que o corpo se auto-cura e no equilíbrio homeostático.
“A osteopatia é a terapêutica que tem como objetivo diagnosticar diferencialmente, tratar e prevenir distúrbios neuro-músculo-esqueléticos e outras alterações relacionadas, utilizando uma variedade de técnicas manuais e outras afins necessárias ao bom desempenho osteopático para melhorar funções fisiológicas e ou a regulação da homeostase que pode estar alterada por disfunções somáticas, neuro-músculo-esqueléticas e elementos vasculares, linfáticos e neuronais relacionados.”
(portaria 207-B/2014 de 8 de Outubro)
O QUE ESPERAR?
Numa primeira fase é elaborada uma história clínica completa, onde estarão incluídas informações importantes sobre o seu estilo de vida.
Posteriormente, será solicitado a retirar algumas das suas roupas para que um exame físico detalhado possa ter lugar. Com isto pretende-se observar a sua postura, a forma como se move, assimetrias do seu corpo, etc. De seguida, serão feitos alguns testes para poder compreender o que se passa com o organismo.
Findo o diagnóstico, ser-lhe-á explicado de forma sucinta e clara o que se passa consigo e qual o plano de tratamento a desenvolver, caso seja da competência do Osteopata. Esta primeira visita terá, sensivelmente a duração de uma hora.
A Osteopatia é centrada no paciente, ou seja, o tratamento é individualizado.
O tempo de recuperação depende de há quanto tempo o problema está instalado, da lesão tecidular ocorrida e da energia vital do paciente.
A energia vital, capaz de curar é intrínseca e varia de pessoa para pessoa. Os fatores que entram em jogo incluem traumas anteriores, outras patologias, constituição genética, stress, estados emocionais, etc.
A Osteopatia trata os pacientes e não as doenças. A nossa intenção é o restabelecimento da integridade estrutural e fluídico, para que o organismo funcione o melhor possível. Ultrapassadas estas etapas, o corpo poderá, então, pôr em prática o seu poder de auto-cura libertando, assim, os pacientes dos seus sofrimentos.
OSTEOPATIA NO DESPORTO
As atividades desportivas são uma forma regular de vida para muitas pessoas de todos os grupos etários, desde aqueles que apenas desejam manter a forma até à elite profissional. Muitas das lesões ocorridas são o resultado de desequilíbrios posturais, de overdose de treino/competição e até mesmo devido à utilização de equipamento incorreto.
Os jovens são especialmente vulneráveis no desporto. Como os seus corpos estão em crescimento e no auge das suas capacidades, muitas vezes são-lhes exigidos elevados índices de eficiência física. A boa notícia é que, embora as lesões desportivas sejam comuns, os seus jovens corpos regeneram com facilidade.
O Osteopata pode ajudar a melhorar o desempenho desportivo, debelando as lesões sofridas, mas principalmente atuando na sua prevenção. Pretende-se promover o equilíbrio estrutural, melhorar a mobilidade articular e reduzir as aderências e as restrições dos tecidos de maneira a facilitar a circulação sanguínea. Para aqueles que desejam manter a forma, o Osteopata pode ajudá-lo na flexibilidade e a melhorar o tónus muscular, reduzindo assim o risco de lesão dos tecidos inadaptados ao trabalho extra a que estão a ser solicitados a fazer.
Lembrar
Comece lentamente a sua manutenção física, sobretudo após uma lesão;
Aqueça primeiro e no final alongue quando ainda está quente;
Beba água durante o exercício;
Faça exercícios regularmente sem exageros;
Na sequência de uma lesão comum, aplicar gelo na área durante 50 minutos, numa sequência de 20 minutos de aplicação, 10 de repouso e novamente 20 minutos de gelo, protegendo sempre a pele com um lenço. Colocar uma banda elástica compressiva sobre a lesão. Eleve e descanse se possível.
OSTEOPATIA NOS ADULTOS
Nos tempos que correm, o dia-a-dia das pessoas é dominado por um conjunto de atividades que conjugadas não abonam a favor da sua saúde física e mental. O desempenho da profissão, a lida da casa e a educação dos filhos são fatores que provocam desequilíbrios de ordem estrutural no corpo humano. Muitas vezes, as pessoas veem à Osteopatia como sendo uma terapia para estalar as articulações. O campo de atuação é muito mais vasto do que isso, podendo ser usado para detetar e tratar as partes alteradas do corpo, corrigir postura, libertar substâncias no combate à dor e ao stress, melhorar a digestão, o sono, etc.
Ela pode intervir numa ampla gama de enfermidades, incluindo:
Dores de pescoço e costas;
Enxaquecas e dores de cabeça;
Lombalgias, Ciáticas e Braquialgias;
Lesões profissionais e desportivas;
Consequências de acidentes de viação e quedas;
Problemas com o sono, ansiedade e stress, entre outros.
OSTEOPATIA NOS IDOSOS
A aposentadoria é uma janela de oportunidades de lazer que se abre para a pessoa idosa. Esta é a chance de assumir as atividades para as quais nunca tiveram tempo para realizar, como por exemplo a jardinagem ou viajar. No entanto, o corpo mudou perdendo parte da sua elasticidade, da sua capacidade de adaptação e de regeneração rápida. O stress postural, acumulado durante anos de trabalho, resultou em lesões por esforços repetitivos, rigidez e alterações degenerativas.
O aparecimento de problemas de saúde como hipertensão, distúrbios digestivos e circulatórios e artrites começa a ter um efeito significativo sobre a energia corporal e a habilidade para executar tarefas. Atualmente, muitos avós ajudam os pais, cuidando dos seus netos, no período laboral. É um prazer para muitos, mas facilmente resulta em tensão sobre um corpo mais envelhecido.
A qualidade de vida é particularmente importante nesta faixa etária, havendo uma preocupação crescente sobre a perda de independência e de mobilidade. A Osteopatia pode ajudar muito este grupo vulnerável da população. O Osteopata fará uma abordagem completa para que eles possam entender como o corpo foi afetado até agora. Então, após um exame completo, o Osteopata será capaz de propor um tratamento e aconselhamento para ajudar a melhorar a mobilidade, a circulação sanguínea e a função corporal e para reduzir a rigidez articular para que o idoso possa desfrutar de uma vida plena e ativa.
O tratamento, geralmente, é suave e tem como objetivo manter a saúde e prevenir novas lesões.
Lembrar
Alongamento suave, diariamente, para ajudar a manter a elasticidade dos tecidos e a mobilidade articular;
Caminhe 20 a 30 minutos para manter a prática saudável e o tónus muscular;
Tenha um dia de descanso entre caminhadas para recuperar energias para o resto das atividades;
O uso de ténis ou calçado adequado pode ajudar a reduzir o desgaste das articulações dos joelhos e da anca e pode também ajudar a diminuir a dor nas costas ao andar em pavimentos rígidos.
OSTEOPATIA NAS CRIANÇAS
Quanto mais cedo o Osteopata diagnosticar e tratar a criança, mais fácil é restaurar o seu equilíbrio. Os jovens devem continuar a fazer Osteopatia periodicamente à medida que se adaptam ao seu crescimento.
As crianças, principalmente as do sexo feminino, estão muito vulneráveis a alterações posturais, como escolioses, à medida que crescem.
Dores de costas e de cabeça são exemplos de sintomas que não são vulgares em crianças, sendo por isso um sinal de alerta. Assim, estas situações causam desconforto que pode resultar em diminuição de concentração na escola, em maiores dificuldades de aprendizagem e no aparecimento de problemas comportamentais.
O toque desenvolvido do Osteopata permite o uso de técnicas extremamente delicadas, para tratar recém-nascidos, bebés, crianças e adolescentes, aplicando técnicas manuais para restaurar, manter e apoiar a saúde e o bem-estar. Os métodos usados, no tratamento tão individualizado quanto o próprio paciente, são quase sempre muito suaves, mas ainda assim poderosos, exigindo habilidade e conhecimento especializado.
OSTEOPATIA NA GRAVIDEZ
A atuação da Osteopatia na gravidez não é recente, mas muitas pessoas não têm consciência do seu potencial. Durante a gravidez, as mulheres podem ser seguidas pelo Osteopata, assegurando maior conforto, o que se poderá refletir num parto mais fácil. Nesta fase procura-se dar maior libertação ao suporte ligamentar do útero e da pélvis, de maneira a evitar a cesariana.
As futuras mães carregam um peso precioso e o seu corpo tem de se adaptar a esse aumento e ao deslocamento do centro de gravidade. Isso pode ser particularmente difícil, podendo sofrer de dores nas costas e na bacia, de ciática e de alterações circulatórias. Podem também achar que coisas simples como caminhar, sentar ou virar na cama, se tornam desconfortáveis ou mesmo dolorosas.
Estes problemas são comuns na gravidez e muitas vezes são considerados normais. Dor ou desconforto é sinal de que o seu corpo está a sofrer e que precisa de ajuda.
A Osteopatia pode ajudar a proporcionar alívio de dores, melhorando a qualidade de vida e permitindo desfrutar da sua gravidez de forma confortável.
A segurança da mãe e do bebé são as principais preocupações do Osteopata. As técnicas osteopáticas são perfeitamente seguras durante a gravidez, para a mãe e para o seu bebé, bem como no período pós-parto.
